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terça-feira, 5 de agosto de 2008

Autores de Harry Potter e A Bússola Dourada se juntam contra editoras!

J.K. Rowling juntou-se ao protesto dos autores britânicos contra a classificação dos livros por faixa etária. A autora da série Harry Potter juntou seu nome às mais de 2.500 assinaturas já reunidas.

A petição contrária à determinação de faixa etária para os livros é liderada por Philip Pullman, autor da trilogia Fronteiras do Universo que teve o primeiro volume, A Bússola Dourada, adaptado para o cinema. Pullman, que não é estranho a controvérsias e enfrentou uma batalha ao criticar a religião organizada em seus livros, montou um site, o notoagebanding.org, para reunir assinaturas contrárias à ação.

A revolta dos autores surgiu da decisão das editoras de inserir na capa dos livros uma indicação de faixa etária a qual cada livro se destina. Na opinião de Pullman, "declarar que um livro é destinado a um grupo em particular significa excluir todos os outros grupos, e eu não quero excluir ninguém".

Inicialmente classificado como livro infanto-juvenil, A Bússola Dourada é, ao lado da série Harry Potter, um dos livros que desafiou seu público alvo inicial, agradando leitores de todas as faixas etárias. Keith Gray, autor escocês de Ostrich Boys, é outro contrário à classificação. Seu livro foi lançado com um selo impresso na capa que o rotula como destinado a "adolescentes". Na opinião do autor, se a editora Bloomsbury tivesse feito isso com Harry Potter a indústria editorial jamais teria visto as filas a cada lançamento da série.

Além de Rowling e Pullman, a petição reúne nomes como Terry Pratchett, Anthony Horowitz, Quentin Blake, Anne Fine, Jacqueline Wilson e Michael Rosen, além de livreiros, ilustradores, bibliotecários e professores. O documento assinado pelos escritores defende que a idéia de imprimir a faixa etária na capa dos livros foi mal concebida e vai prejudicar leitores com problemas de leitura e portadores de dislexia.

Na opinião dos autores, estes leitores podem sentir-se envergonhados ao serem vistos comprando livros cuja capa determina que seu público alvo são crianças ou jovens. Basta lembrar que a série Harry Potter no Reino Unido foi impressa com uma capa menos colorida a pedido dos leitores adultos que se sentiam constrangidos de serem vistos lendo um livro infantil.

As editoras defendem a medida como forma de ajudar os pais a comprarem livros adequados à idade dos filhos. A revolta dos autores, iniciada em abril, entretanto, acabou dividindo as editoras. Empresas como a Walker Books e a Bloomsbury, responsável por Harry Potter, são contrárias à medida. A Random House, a Scholastic, que edita Harry Potter nos Estados Unidos, e a Egmont são favoráveis. Um terceiro grupo, formado pela Puffin, Orion e Macmillan, entre outras, são favoráveis, mas não colocarão a indicação nos livros cujos autores forem contrários à medida. Apesar de favorável, a Scholastic não vai rotular os livros de Pullman em atenção à exigência do autor.

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